Datena agride Pablo Marçal com cadeirada durante debate na TV Cultura
No domingo (15/09), o apresentador José Luiz Datena (PSDB) agrediu Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeirada durante o debate entre candidatos à Prefeitura de São Paulo, organizado pela TV Cultura. O ataque aconteceu após provocações de Marçal, que mencionou uma acusação de assédio contra Datena e questionou sua candidatura.
Após a agressão, o debate foi interrompido e Datena expulso. Marçal foi levado ao hospital, mas não teve ferimentos graves. A Polícia Civil de São Paulo abriu um inquérito para investigar o caso.
Troca de acusações
Marçal provocou Datena durante o debate, referindo-se a uma denúncia de assédio sexual de 2019, que o apresentador negou veementemente. Datena se defendeu, alegando que o caso foi arquivado por falta de provas e mencionou o impacto pessoal que a acusação teve em sua vida familiar, citando o falecimento de sua sogra. Marçal, por sua vez, continuou a atacá-lo verbalmente, chamando-o de "arregão", o que desencadeou a reação violenta de Datena.
Reações após o debate
Após o incidente, Datena admitiu ter perdido a cabeça, lamentando sua reação. Ele afirmou que as acusações de Marçal foram cruéis e que se sentiu profundamente atingido. Mesmo assim, Datena confirmou que não pretende desistir de sua candidatura. A campanha divulgou mensagens de desculpas que teriam sido enviadas por Marçal dias antes do debate.
Marçal foi levado ao Hospital Sírio-Libanês com traumatismos leves no tórax e no punho, mas já recebeu alta. Um boletim de ocorrência contra Datena foi registrado.
Repercussão entre os candidatos
O incidente gerou grande repercussão entre os candidatos presentes no debate. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) demonstraram solidariedade a Datena, apontando que ele foi provocado repetidamente por Marçal. Já Tábata Amaral (PSB) lamentou o episódio e repudiou a agressão, embora tenha criticado a postura de Marçal ao longo da campanha.
O apresentador Leão Serva, que mediava o debate, considerou o incidente um dos momentos mais absurdos da TV brasileira, especialmente em um contexto de discussões políticas.